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Os 5 tipos de tratamentos psicológicos para vícios

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Substâncias que alteram o estado de consciência são usadas há séculos. Sacerdotes e xamãs ingeriam plantas para entrar em estados de transe dissociativo e o papiro Ebers, um dos documentos médicos mais antigos da humanidade, refere-se ao uso de sementes de papoula para fins medicinais. No entanto, muitos também perceberam os efeitos negativos dessas substâncias e seu poder de gerar dependência. Aristóteles, por exemplo, advertiu que beber durante a gravidez poderia ser prejudicial, e o médico romano Celso acreditava que o vício em bebidas intoxicantes era uma doença.

No entanto, as primeiras terapias de dependência eram muito rudimentares e muitas vezes até perigosas ou iatrogênicas. Nos anos 1800, por exemplo, os vícios de álcool e ópio eram tratados com morfina, cocaína e outras chamadas "drogas" que efetivamente criavam um novo vício. Terapias como choque térmico com água fria, indução de coma com brometo ou insulina, ou lobotomias e choques elétricos depois se espalharam, que acabaram causando mais problemas do que resolvendo.

Tudo começou a mudar em meados da década de 20, quando o tratamento de suporte foi introduzido para facilitar a desintoxicação com base na compreensão e ajuda mútuas. Hoje, graças aos avanços da neurociência, podemos entender melhor os comportamentos aditivos e projetar programas de prevenção e tratamento psicológico de vícios que são realmente eficazes e que colocam a pessoa e seu bem-estar no centro. Estes tratamentos são realizados por profissionais com formação em Psicologia ou Psiquiatria especializados no tratamento da toxicodependência, de forma a seguir um método científico, contrastado na prática clínica.

As principais abordagens no tratamento psicológico dos vícios

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“Não existe um tratamento único que funcione para todos. Um tratamento eficaz é aquele que cobre todas as necessidades do paciente, não apenas no que diz respeito ao uso de medicamentos, e que se estende pelo tempo que for necessário”, afirma o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas dos Estados Unidos.

O mesmo também observa que "Aconselhamento e outras terapias comportamentais são as formas mais comuns de tratamento". De fato, os vícios são um problema psicofísico, por isso é necessário abordar as causas psicológicas e ambientais que os fundamentam, bem como ajudar a pessoa a lidar com os estados emocionais negativos que vivencia e fornecer-lhe as ferramentas para evitar recaídas.

Na psicologia, existem várias maneiras de ajudar as pessoas que querem se desintoxicar. Embora a terapia cognitivo-comportamental tenha sido a primeira a responder aos problemas causados ​​pelos vícios e continue sendo a mais utilizada e pesquisada cientificamente, existem também outras abordagens válidas e eficazes.

1. Terapia cognitivo-comportamental

Este tipo de terapia de dependência integra os princípios da teoria comportamental, teoria da aprendizagem social e terapia cognitiva, tornando-se uma abordagem bastante abrangente, abrangente e eficaz para tratar problemas de uso de substâncias e prevenir recaídas.

O terapeuta cognitivo-comportamental ensina à pessoa estratégias de autocontrole que lhe permitem gerenciar melhor os impulsos. Trabalhe com a pessoa para ajudá-la a reconhecer situações nas quais ela provavelmente usará substâncias e encontrar maneiras de evitá-las. Também melhora suas habilidades em lidar com situações de risco com sucesso e a treina para evitar a reincidência.

Por meio da análise funcional, a terapia cognitivo-comportamental identifica os antecedentes e as consequências do vício, para que a pessoa possa compreender seu impacto. A psicóloga a ajuda a analisar as cognições e crenças relacionadas ao comportamento aditivo para promover estratégias mais adaptativas destinadas a erradicar comportamentos, pensamentos e emoções relacionados ao abuso de substâncias ou outros tipos de vícios.

2. Terapias humanísticas e existenciais

As terapias humanísticas e existenciais enfatizam a necessidade de compreender a experiência humana, para que se concentrem na pessoa, e não no sintoma. Problemas psicológicos, incluindo o vício, são enfrentados como resultado da incapacidade de escolher o estilo de vida mais adequado.

Este tipo de terapia de dependência enfatiza a liberdade e responsabilidade pessoal, promovendo aceitação, crescimento e compromisso. A abordagem humanista, por exemplo, considera que todos nós temos o potencial de nos mantermos saudáveis ​​e que podemos tomar decisões positivas e benéficas para nós mesmos e para os outros, de modo que a terapia se concentra em promover o crescimento pessoal em vez de se concentrar apenas no incômodo.

No caso da abordagem existencialista, o terapeuta ajuda a pessoa a encontrar o sentido de sua vida, bem como a pensar e agir de forma autêntica e responsável. Neste tratamento psicológico para vícios, assume-se que a causa raiz do problema é a inquietação e angústia geradas pela solidão, isolamento e falta de sentido, por isso estes são os problemas que são abordados principalmente nas sessões. Em geral, são terapias baseadas na empatia e na escuta reflexiva que estimulam a aceitação e o compromisso.

3. Terapia psicodinâmica breve

A terapia psicodinâmica se concentra em como os processos inconscientes se manifestam no comportamento atual da pessoa. Seu principal objetivo é entender como o passado afeta o comportamento presente para promover a conscientização dos aspectos inconscientes que estão gerando ou alimentando o vício.

No modo curto, a pessoa analisa seus sintomas, conflitos não resolvidos e relacionamentos disfuncionais que vêm do passado e que se manifestam através da necessidade de abuso de substâncias. Nesse caso, o terapeuta geralmente foca a intervenção em um foco estreito relacionado ao vício.

A psicoterapia expressiva de suporte, por exemplo, é um tipo de terapia psicodinâmica adaptada ao abuso de substâncias que também se baseia na ideia de que o vício é moldado por experiências de vida formativas. Nesse caso, técnicas de apoio são combinadas para permitir que as pessoas falem confortavelmente sobre suas experiências e emoções pessoais com técnicas expressivas que permitem identificar e resolver problemas em seus relacionamentos interpessoais.

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4. Terapia familiar breve

Os problemas causados ​​pelo abuso de substâncias não ocorrem isoladamente. Em muitos casos, a dinâmica familiar de origem ou atual atua como um gatilho para o abuso de substâncias ou pode perpetuar esse comportamento disfuncional. Em outras palavras, as interações com os familiares podem agravar o problema ou, inversamente, contribuir para sua solução.


A terapia familiar baseia-se na teoria de que quando uma pessoa é viciada, ela é fortemente influenciada pelos membros da família, seus comportamentos e/ou seu estilo de comunicação. Para compreender essa dinâmica, o psicólogo analisa fatores como hierarquia de poder, papéis e estilos de comunicação na família. Por esse motivo, as sessões geralmente envolvem outras pessoas, como pais, parceiros ou filhos.

Através da terapia familiar, a pessoa é ajudada a identificar áreas disfuncionais e a substituir a comunicação inadequada e os padrões relacionais por uma comunicação mais clara, direta e eficaz onde existem limites saudáveis. Esse tipo de terapia é frequentemente usado quando a família pode ajudar a pessoa a se recuperar ou está experimentando os efeitos em cascata do vício de um de seus membros.

5. Terapia em grupo

A terapia de grupo é uma das modalidades mais utilizadas no tratamento de vícios. É útil porque permite que as pessoas observem o progresso de seu comportamento aditivo por meio de si mesmas e da observação dos outros, além de gerar um compromisso com o grupo, o que facilita a recuperação em um clima de apoio, compreensão e esperança.

Existem também vários modelos de terapia de grupo para vícios:

. Grupos psicoeducativos. Seu principal objetivo é aumentar a conscientização sobre as consequências comportamentais, médicas e psicológicas dos vícios. Eles também fornecem ferramentas para que as pessoas aprendam a identificar, evitar e gerenciar os estados internos e as circunstâncias externas associadas ao vício.

. Grupos de desenvolvimento de capacidades. Eles são essencialmente grupos de treinamento em habilidades de enfrentamento para que as pessoas possam alcançar e manter um estado de abstinência. Eles ensinam seus membros a recusar ofertas de drogas, evitar gatilhos para o uso, controlar o desejo de usar, lidar com sentimentos como raiva e relaxar.

• Grupos de apoio. Nesses grupos, o trabalho e o comprometimento dos integrantes são fortalecidos para desenvolver habilidades sociais e gerenciar pensamentos e emoções relacionados ao consumo durante a recuperação. As pessoas apoiam-se mutuamente e partilham conselhos práticos sobre como manter a abstinência e gerir os desafios da vida quotidiana. Este tipo de terapia de dependência também é usado para melhorar a auto-estima e aumentar a autoconfiança dos membros.

Em resumo, existem vários tratamentos psicológicos para vícios. Cada um deles adota uma abordagem diferente, mas, a longo prazo, todos contribuem para desenvolver as habilidades psicológicas de que as pessoas precisam para lidar com o vício. O mais importante é dar o primeiro passo e pedir ajuda especializada.

Fontes:

(2019) Enfoques de tratamento para a drogadição. Dentro: Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA). - não siga

Crocq, M. (2007) Aspectos históricos e culturais da relação do homem com as drogas aditivas. Diálogos Clin Neurosci; 9 (4): 355–361.

Administração de Serviços de Abuso de Substâncias e Saúde Mental (2005) 2 Tipos de Grupos Comumente Usados ​​no Tratamento de Abuso de Substâncias. In: Série Protocolo de Melhoria do Tratamento (TIP); 41.

Sánchez, E. & Gradolí, V. (2001) Intervención psicológica en conductas adictivas. Trastornos Aditivos; 3 (1): 21-27.

A entrada Os 5 tipos de tratamentos psicológicos para vícios foi publicado pela primeira vez em Esquina da Psicologia.

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