Até os relacionamentos terminam – é preciso saber se despedir na hora certa

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lasciare andare le relazioni che non funzionano

Nascemos acumuladores. Acumulamos coisas, experiências, sentimentos, crenças, hábitos. E, claro, relacionamentos. Criados na cultura do "tudo e mais", concebemos a vida como um acréscimo incessante. Não gostamos de deletar. Consequentemente, não é difícil que acabemos carregando um peso bagagem emocional ou arrastamos relatórios expirados.

Geralmente é preciso mais coragem para deixar ir alguém com quem compartilhamos sonhos e desespero do que segurá-los. Geralmente é mais fácil segurar do que deixar ir, porque muitas vezes terminar esses relacionamentos é como abrir mão de uma parte de nós mesmos, um sentimento compartilhado que talvez nunca mais experimentemos. Mas, às vezes, para seguir em frente, você precisa aceitar que certos relacionamentos perderam sua razão de ser.

Relacionamentos que não se atualizam acabam definhando

Nada é permanente, muito menos relacionamentos. Mas porque as despedidas nos custam, muitas vezes perceber que um relacionamento acabou se torna uma fonte de sofrimento.

As relações podem esfriar por vários motivos, desde a interrupção do compartilhamento de valores, interesses, aspirações e projetos, até o surgimento de conflitos ou simplesmente porque cada pessoa segue um rumo diferente na vida.

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A verdade é que, se olharmos para trás, veremos que pouquíssimas pessoas mantêm a mesma postura de confiança e cumplicidade. Mesmo que seja doloroso, é um fenômeno normal. A vida muda e nós mudamos com a vida. Diferentes experiências e diferentes formas de lidar com elas podem nos levar a caminhos divergentes.

Mudamos com os anos e os estragos. Não somos a mesma pessoa de dez anos atrás, ou mesmo do ano passado. Se não atualizarmos nossas expectativas e formas de nos relacionarmos, é provável que o relacionamento caia sob seu próprio peso, como uma folha murcha no outono.

Quando isso acontece, quando se perde o vínculo que nos unia, manter o relacionamento pode acabar fazendo mais mal do que bem. Para evitar que algo que costumava ser belo se degenere, devemos aprender a fechar os círculos da vida.

Abandonar relacionamentos que não estão dando certo também é uma demonstração de amor e respeito

O passar dos anos não nos torna imunes às despedidas, principalmente quando percebemos que não há como voltar atrás ou que aquela pessoa teve um papel importante em nossas vidas.

Na verdade, às vezes não nos apegamos à pessoa, mas ao sentimento de conexão que experimentamos, aquele vínculo especial que criamos e todos os significados que ele guarda em nossas mentes. O filósofo Matthew Ratcliffe refere-se a esse fenômeno como o "espaço relacional compartilhado".

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Na prática, todo relacionamento traz consigo uma bagagem emocional composta de experiências compartilhadas e sentimentos gratificantes, desde a segurança e a confiança que experimentamos com alguém até a alegria ou espontaneidade. Muitas vezes temos dificuldade em nos separar desse espaço relacional, então começamos a experimentar “uma tensão contínua entre dois mundos, um passado que continuamos a habitar e um presente que carece de sentido e parece curiosamente distante”, como diz Ratcliffe.

No entanto, deixar ir no momento certo evitará que os conflitos aumentem e as diferenças envenenem o relacionamento. Quando isso acontece, quando nos apegamos a um relacionamento vencido por muito tempo, as boas lembranças se transformam em reprovações. A alegria compartilhada se transforma em amarga decepção.

É por isso que abrir mão de relacionamentos vencidos não é apenas uma demonstração de amor próprio, mas também de respeito pelo outro e pelo que vivemos. Nós mudamos e nossos relacionamentos se transformam – gostemos ou não. Não é culpa de ninguém. Só temos que aceitar que, mesmo que doa, é preciso acabar com algo que não tem mais futuro.

As memórias podem ser preciosas, desde que fiquem no passado e não vivamos delas. Desde que não nos obriguem a manter hábitos com os quais já não nos identificamos ou desde que não nos condenem a viver numa reciprocidade indesejada que gera mais insatisfação do que alegria.

O ideal é abrir mão dos relacionamentos na hora certa. Aquele momento em que percebemos que não podemos continuar fazendo algo de bom um pelo outro. Não podemos continuar a crescer lado a lado. Não somos pessoas melhores juntas, mas piores. Aquele momento em que percebemos que a relação perdeu o sentido e não tem perspectivas de melhora, por mais que tentemos. Deixá-la ir naquele momento nos poupará muitos problemas e preservará uma memória preciosa, evitando que aquele precioso "espaço relacional compartilhado" seja completamente contaminado.

fonte:

Ratcliffe, M. (2021) Presença sentida sem qualidades sensoriais: um estudo fenomenológico das alucinações de luto. Fenomenologia e as Ciências Cognitivas; 20: 601-616.

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